quarta-feira, 4 de julho de 2012

Calcário contribui para correção de solo

Plantio de soja incentiva o aumento da produção do insumo no estado

Com qualidade reconhecida, o calcário agrícola do Paraná deve aumentar seu mercado para a próxima safra nacional de soja auxiliando na correção de solos. Estima-se que as quase 30 empresas instaladas na região contribuam para um crescimento de 15% em relação à produção atual do estado, que é de 4,2 milhões de toneladas ao ano, representando 23% de todo calcário comercializado no país.

Segundo Vitor Hugo Johnson, presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Mármores, Calcário e Pedreiras do Paraná (Sindemcap), filiado à Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o solo brasileiro depende do calcário e sem o insumo não consegue produzir com eficiência. O produto extraído das jazidas do estado possui alto teor de magnésio, elemento que auxilia na correção do solo, tornando-o mais permeável. O resultado é a melhora na absorção dos nutrientes pelas plantas, principalmente a soja e o milho.

O calcário também contribui para a redução de área de pastagem degradada no estado, porém muitos produtores desconhecem esta prática. E o crescimento do setor esbarra na logística de distribuição. Como o insumo tem baixo valor agregado, as transportadoras dão preferência para outros produtos que oferecem melhores relações de custo/benefício.

Em média, o agricultor desembolsa R$30 pela tonelada de calcário, sendo que o transporte da mesma quantidade não sai por menos de R$60. Atualmente, a maior parte da produção é escoada de caminhão e uma reduzida parcela pelo modal ferroviário.

Incentivo - Em novembro de 2011, pequenos agricultores de mais de 200 municípios do Paraná foram beneficiados com o repasse de aproximadamente R$10 milhões do governo do estado. A quantia foi destinada à aquisição e aplicação do calcário nas pequenas propriedades rurais com o chamado Programa do Calcário.

A proposta prioriza a distribuição e uso do calcário a agricultores familiares mais carentes, em localidades com elevada taxa de pobreza, onde haja comunidades indígenas e quilombolas. Cada prefeitura vai receber até R$70 mil para a compra do calcário. O atendimento é limitado em 10 toneladas de calcário por agricultor.

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